A capacitação do Agronorte no estado do Acre ocorreu em Rio Branco e Senador Guiomard, com o tema “Sanidade – Pragas e Doenças na Fruticultura”. A parte teórica, na sexta (13), foi conduzida pelo especialista em agropecuária Paulo Henrique Soares, sob a supervisão do assessor técnico da Diretoria de ATeG do Senar, Mauro Faria.

Para Mauro Faria, o programa reflete uma mobilização conjunta entre as diretorias de ATeG e de Educação Profissional do Senar em sintonia com as administrações regionais. “Nosso objetivo é trazer um programa com atualizações tecnológicas para os técnicos de campo e instrutores de FPR. O Agronorte é uma oportunidade de unir forças com profissionais de extrema relevância no cenário nacional”, destacou.

Já Paulo Henrique Soares reforçou a importância da atuação integrada entre os estados da região Norte. “Trabalhar com todos os estados é essencial para garantir qualidade nas diversas culturas do Acre”, afirmou.

Segundo a coordenadora de ATeG do Senar Acre, Stefanye Torres, o Agronorte atualiza os técnicos e instrutores, e isso reflete diretamente na qualidade do atendimento aos produtores rurais. “Com novas soluções e perspectivas, conseguimos fortalecer o gerenciamento das propriedades, que são verdadeiras empresas de onde sai o sustento das famílias”.

No Amapá, o treinamento aconteceu na capital Macapá, focado em forragicultura na pecuária.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amapá (Faeap), Iraçu Colares, participou da abertura do encontro, na sexta (13), e disse que o Agronorte “é uma oportunidade de atualização presencial com especialistas qualificados, unindo teoria e prática, e promovendo uma troca direta de experiências com os técnicos”.

De acordo com o analista técnico da Diretoria de ATeG do Senar, Pollaco Oliveira, falou que as equipes foram formadas a partir de um levantamento das necessidades locais, tanto produtivas quanto técnicas. “Ao trazer conhecimento a esses profissionais, que são um importante elo da cadeia produtiva, o produtor se beneficia com melhores resultados financeiros”.

Durante a aula prática de campo, o consultor Bruno Iwamoto explicou como fazer a distribuição do pastejo mês a mês, as métricas necessárias e a importância de um planejamento forrageiro e de um monitoramento recorrente. “A ideia foi mostrar como olhar o pasto em números e como distribuir o pastejo. É uma metodologia simples, prática e efetiva para apoiar o produtor”.

“Essa metodologia que foi passada abre muitos horizontes, traz praticidade e celeridade na parte gerencial dentro da propriedade e embasamento com métricas e números para determinar o tipo de manejo para ser utilizado na propriedade”, disse o técnico de campo do Senar Amapá, Felipe Martins.

No estado do Amazonas, a capacitação foi realizada em Manaus para a atividade de piscicultura. O curso focou no uso de tecnologias para aumento de produtividade de viveiros, aproveitamento da área e otimização da infraestrutura existente.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas, Muni Lourenço, o Agronorte vai potencializar as ações do Senar para a transferência de tecnologia e apoio ao desenvolvimento sustentável e aumento de produtividade dos produtores rurais amazonenses.

O assessor técnico do Senar Mateus Tavares explicou que a ação do programa é fundamental para levar ao produtor o que há de mais moderno na produção de peixe. “O nosso objetivo é trabalhar com cadeias específicas, reduzindo custo, aplicando técnicas corretas e agregando valor ao produto”.

“A ideia do Agronorte é fazer com que o produtor amazonense produza mais e tenha um melhor rendimento na mesma área que ele já utiliza. E isso vai abrir portas para que os piscicultores do estado tenham condições de expandir a sua produção e ofertar mais pescado na região”, destacou o técnico de campo do Senar Amazonas, Paulo Amaral.

No Pará, a capacitação dos instrutores, técnicos de campo e supervisores foi realizada no município de Santa Isabel. O tema foi técnicas de pulverização e os participantes aprenderam um pouco mais sobre a importância do uso adequado do Equipamento de Proteção Individual (EPI), a escolha da classe dos produtos, as vantagens das opções existentes no mercado, entre outras informações.

Para o coordenador de ATeG do Senar Pará, Celso Botelho, a iniciativa é fundamental para qualificar, ainda mais, os profissionais que atendem os produtores, levando inovações tecnológicas que promovam o desenvolvimento sustentável das atividades produtivas.

A capacitação foi conduzida pelo especialista Dacio Antônio Benassi, que destacou a necessidade do uso do EPI durante a pulverização para a garantia da segurança do aplicador. Ele também demonstrou alguns tipos de “pontas de pulverização” e destacou ainda a importância da eficiência no uso dos produtos para garantir a rentabilidade da produção.

“Todo conhecimento adquirido na capacitação vai agregar valores e novas práticas econômicas e sustentáveis de aplicação para os produtores. Acredito que todos os participantes vão somar conhecimento para a vida profissional”, disse a técnica de campo do Senar Pará Izabella Gomes.

Em Rondônia, o curso teórico e prático sobre a cadeia de olericultura ocorreu em Ji-Paraná. No treinamento, os profissionais aprenderam sobre as principais pragas e doenças que impactam a atividade, os períodos de maior incidência e como observar com mais critérios esses problemas.

A técnica de campo de ATeG do Senar Rondônia Gleice Fernanda Bento participou da capacitação e falou da importância da capacitação e atualização de profissionais diante dos desafios que surgem na produção de hortifrúti.

“Essa é uma cadeia fundamental, que envolve pequenos e médios produtores, responsáveis por levar alimento à mesa do consumidor. O treinamento nos ajuda a observar com mais critério os insetos nas lavouras, as doenças e os períodos de maior ocorrência, para que possamos levar diretamente aos produtores soluções rápidas, práticas e sustentáveis, contribuindo para uma produção de mais qualidade”, disse.

Em Roraima, o treinamento aconteceu na capital Boa Vista, focado nas ações de irrigação e fertirrigação. Foram apresentadas novas tecnologias na área, técnicas mais eficazes e como fazer a adubação correta.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Roraima (Faerr), Sílvio de Carvalho, a chegada do programa à região representa um avanço significativo para o fortalecimento do agro no estado.

“O Agronorte vem para ampliar ainda mais o impacto do nosso trabalho no campo, levando conhecimento técnico, inovação e sustentabilidade para dentro das propriedades. Com esse programa, teremos uma rede de profissionais cada vez mais capacitada para atender as demandas do nosso estado”.

A supervisora de ATeG do Senar Roraima, Patrícia Mendes, afirmou que a aula prática foi importante para que todos os profissionais estejam em sintonia e levem a informação correta e atualizada ao produtor. “O curso trouxe atualizações de como fazer a fertirrigação do início ao fim, com os cálculos corretos”.

Para a técnica de campo Raquel Costa, a capacitação agrega o conhecimento dos profissionais e ajuda a levar uma informação mais precisa ao produtor. “Descobrimos novas tecnologias para ajudar o produtor de forma mais sustentável”.

Os dois dias de capacitação no Tocantins ocorreram no município de Tocantinópolis, com foco na apicultura e meliponicultura, que são consideradas atividades com alto potencial na região. Durante o treinamento, foram apresentadas novas práticas e técnicas da criação de abelhas com e sem ferrão para a produção de mel e derivados.

“Fizemos um levantamento nos estados para identificar dificuldades e limitações dos produtores rurais da região e elaboramos um planejamento estratégico e operacional para chegar com ações efetivas que atendessem às premissas do programa”, afirmou o assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional do Senar Vilton Francisco de Assis Júnior.

Segundo a diretora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar Tocantins, Klísia Oliveira, até o fim do ano serão realizadas novas etapas voltadas a outras cadeias produtivas. “Também teremos capacitações em áreas como bovinocultura, olericultura, fruticultura e outras áreas para atualizar nossos profissionais e prestar um serviço melhor para o produtor rural”.

A jornada técnica contou com a presença do zootecnista e consultor em apicultura e meliponicultora, Heber Luiz Pereira. “A iniciativa do Senar é dar um apoio às administrações regionais com o que existe de mais recente na atividade”, destacou.

O técnico de campo Jefferson Melo ressaltou que a jornada permite acessar novas tecnologias que melhoram os resultados. “Com as capacitações do Senar, vamos levar o que há de melhor aos nossos produtores assistidos”.